A mãe, Jacirene Laranja Pereira Apinajé de apenas 20 anos, que mesmo com pouca idade tem outros dois filhos, contou que os sintomas apareceram a cerca de 120 dias, e que a mesma procurou o hospital municipal José Sabóia e como lhes disseram que aqui não teria tratamento para o problema da pequena indígena, encaminharam mãe e filha para Araguaína, e que lá, foram literalmente despachadas para Palmas (TO), ou Goiânia (GO).
Com o passar dos dias o olho foi estufando até que com exatos quatro meses depois da mãe procurar atendimento e ficar aguardando o veiculo chegar, o olho da pequena Luciana estourou.
Depois da mãe comunicar o acontecido Luciana foi encaminhada novamente para o Hospital Municipal José Sabóia, onde foi medicada e depois de ficar internada por 24 horas, a mesma teve alta e já retornou para sua casa na aldeia chapadinha, sem ter nenhuma esperança de realização de exames, já que há o temor da doença também afetar o outro olho.
Um caso como este que torcemos para que fique apenas na perda da visão do olho direito da pequena indígena, não é um caso único, muitos são os relatos de mortes de recém nascidos dentre os apinajés, inclusive durante a visita de nossa equipe ao hospital municipal para conversar com a mãe da ultima vítima de negligência, encontramos um outro casal de indígenas com sua bebê recém nascida internada com pneumonia, reclamando da comida fornecida e o que é pior, é que mesmo se pessoas se solidarizassem e doassem frutas para o casal, essas não poderiam ser entregues por regra do hospital municipal.
Todos os dias nós vemos o atendimento dado aos apinajés, que em sua maioria desprovidos de uma boa educação, são transportados em verdadeiros paus de araras quando vem para a cidade ou voltam para suas aldeias. Já tivemos casos de mortes em acidentes nesses mesmos veículos sem que nenhuma autoridade local tome alguma providência. Não se sabe o porquê que nem a Polícia Militar que faz um ótimo trabalho ostensivo em Tocantinópolis, toma uma atitude quanto ao transportes desses seres humanos tratados com desprezo, já que a grande maioria é obrigada a comprar em apenas um, dois ou três comércios locais, pois seus cartões de benefícios, sejam eles do bolsa família, ou de aposentadoria ficam nas mãos dos comerciantes como garantia para poder vender, e repito, ninguém faz nada para mudar essa situação.
O prefeito fanfarrão também não está nem um pouco preocupado com os problemas do município, já que suas preocupações estão mais para as bandas de suas terras que a cada dia que passa aumentam os hectares, nesse caso vale a máxima popular que diz: "O olho do dono é que engorda o gado", e enquanto os gados do prefeito engordam e aumentam, os tocantinopolinos estão perdendo os olhos.
Veja abaixo, cópia do encaminhamento datado de 13 de Julho de 2015:
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